Xiitas da Direita: quando o ego fala mais alto que a missão
- Claudio Apolinario
- 26 de abr.
- 2 min de leitura
Eles acordam cedo! Às 6h já estão maquinando, gravam vídeos indignados às 7h, cancelam alguns às 8h… e, até o meio-dia, já se proclamaram os únicos e verdadeiros conservadores.
São os que eu chamo de xiitas da direita — fanáticos, inflamados e, acima de tudo, vaidosos. Não querem apenas vencer a guerra de ideias. Querem brilhar. São mais influencers do que líderes. E carregam a falsa certeza de que sem eles tudo desmoronaria.
O termo “xiita”, na origem, vem do isl4m1smo. Mas trazendo para o nosso contexto, reflete os extremistas da política contemporânea: aqueles que não pensam de forma propositiva e na construção de algo sólido. Só acusam; não constroem, só criticam; não lideram, só excluem.
É exatamente isso que alguns setores da direita, infelizmente, estão fazendo. Em nome de uma suposta “pureza ideológica”, promovem uma caça às bruxas, atacam com fúria e ódio, até quem é de direita.
Enquanto o Brasil precisa de pontes, eles constroem o caos. Enquanto a missão exige estratégia, eles oferecem vaidade. E tudo isso… com a bandeira do conservadorismo tremulando.
O problema é que esses radicais não se contentam em divergir — eles precisam "aniquilar" quem pensa diferente. No fundo o ego deles não suporta ”concorrência”. Não querem pluralidade, querem monopólio. E não de ideias, mas de seguidores.
Vivem de ataques, de escândalos fabricados, verdades distorcidas e de frases de efeito. Alimentam-se da própria indignação criada. Mas de prático, não entregam nada, a não ser narrativas. Não constroem legado. Seu “crescimento” é feito de vento — e o tempo vai mostrar o que isso significa. Crescem na bolha que eles mesmos manipulam. Mas bolhas… elas estouram.
A direita precisa mais do que gritos e memes. Precisa de consistência, estratégia e entrega. Precisa de gente que entenda que missão vem antes de ego. Que saiba que não estamos numa disputa de curtidas, mas numa batalha cultural e espiritual real — que exige maturidade.
O verdadeiro conservador não deve se embriagar com sua própria voz. Deve agir com firmeza, mas também com sabedoria. A estratégia central deve ser a construção e não a destruição de pontes.
Se não amadurecer e aprender a se livrar dos seus xiitas agora, a direita vai descobrir — tarde demais — que ficou tão ocupada vencendo uns aos outros… que acabou perdendo tudo que supostamente defendia: as famílias, os valores, o país.
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